sexta-feira, 19 de junho de 2009

SER CAPAZ... 20 ANOS

Não sei se serei capaz, mas aqui vai…

Era uma vez um rapaz solitário, sensível e capaz das maiores atrocidades linguísticas.
É um desafio capaz de modificar a sua vida, não tanto pela veracidade dos factos, mas pela forma como os relata.
Sinto-me inseguro e pouco confiante para transmitir o meu «ser», a outra face, a minha vivência.
Mas acredito que libertarei alguns sentimentos e emoções.
Contar a nossa própria história é um desafio à nossa própria auto-estima. É o que vou tentar fazer.
Tenho saudades desses tempos, que revivo muitas vezes, pelas recordações sempre presentes.
Nasci na cidade do Porto, no ano de 1964, no Hospital de São João, e vivi durante os meus primeiros anos de vida numa rua perto do antigo Estádio das Antas. Nessa altura, enquanto bebé, tive uma doença no sangue, conhecida como «Púrpura».
Passados três anos, mudámos para Paranhos, perto do antigo campo do Salgueiros, conhecido por Estádio Vidal Pinheiro.
A minha meninice foi passada entre a minha casa e a casa dos meus avós maternos.
A casa dos meus avós fazia frente com a enorme Quinta do Covelo. Dois pisos, um de habitação, com uma cozinha enorme, onde sobressaía um fogão eléctrico, cujo forno era tão grande que cabia um peru inteiro para doze pessoas; e outro, de garagem, despensa e garrafeira.
Anexo à casa tinha uma fábrica e um jardim enorme e lindo, composto por uma vinha de uvas americanas, galinheiros, um lago com peixes, um grande poço e todo o tipo de hortaliças, flores e árvores de fruto. Tinha como vizinhos uns senhores que adoptaram uma menina de raça negra chamada Helena, com quem convivi e brinquei durante muitos anos. Hoje nada sei dela, como de tantas outras coisas que perdi o rasto. Ficaram as memórias de um tempo em que tudo era fantástico e grandioso.
O meu avô era um republicano de gema, desde o busto da República que tinha em casa ao içar da Bandeira Nacional naquele mastro gigante, todos os domingos e feriados nacionais.
Homem robusto, trabalhador, disciplinador e até ditador e com um feitio parecido com o meu, que fervia em pouca água, mas bondoso e amigo. Todos gostavam dele e respeitavam as suas vontades, Era um apaixonado da música sinfónica e filarmónica de tal forma que foi músico e tocou trompete durante muitos anos numa banda. A surdez afastou-o dessas lides musicais, nunca o vi nem ouvi a tocar, mas apanhei com ele a paixão do assobio. Lia «O Primeiro de Janeiro», «O Século» e «República» e tudo o que era informação.
Adorava as festas e os passeios com o meu avô, que não conduzia mas tinha carro - uma carrinha «Peugeot» muito antiga, mas muito bonita, de cor azul e de interiores em madeira. Todos os anos íamos buscar vinho verde tinto e algum branco, para engarrafar, a Paços de Ferreira. Era um ritual. Eu, o meu avô e o Sr. Acácio, que era motorista de táxi, parávamos para lanchar sempre numa adega rústica, onde eu comia para uma sandes de presunto e bebia o meu «sumol». O pior era engarrafar o vinho, era tudo tratado religiosamente, as garrafas eram lavadas com água e esferas de chumbo, depois eram passadas e lavadas com o próprio vinho.
Os passeios à semana e os lanches na Maria Rita e na Casa das Tortas. Ao sábado aqueles triângulos de pão de forma com fiambre e queijo, a acompanhar sempre o meu «sumol», para o meu avô era vinho branco «Três Marias» ou «Casal Garcia», na distinta Docemar. Os almoços em família, as idas a Famalicão, ao Tanoeiro e outras que tais que a memória vai apagando em mais de trinta anos decorridos.
As festas de Natal, a Páscoa, o São João, a passagem de ano, o meu avô adorava e tinha gosto nos présepios, nas cascatas, nas luzes que iluminavam o jardim, os balões, os foguetes, etc., sem falar nas comidas: o bacalhau, o cabrito e os bolos, que eram preparadas com afinco pela avó, tia e mãe. Embebedar o peru era outro motivo de excitação; o caramelo do pudim, que delícia!
Ouvia-se na noite de passagem de ano, antes ou depois da meia-noite, o hino da Maria da Fonte e o Hino Nacional e todos ficavam de pé. Também se ouvia noutras alturas muita música sinfónica, aqueles discos pesados de 78 rotações, Beethoven, Mozart e as valsas de John Strauss. As minhas primas e irmã eram mais os Beatles, José Afonso, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, entre outros, os espanhóis Água Viva e muita música anglo-saxónica, Cat Stevens, etc.
Os amigos de escola e vizinhos ainda hoje se reúnem num jantar –
-convívio anual. Os mais velhos, agora perto dos 45 anos, e os mais novos, pela casa dos 30 anos, revivem as histórias mais marcantes e os jogos «Trinca Cevada», «Disco Voador», «Cintinho», etc., que fizeram parte da infância.
Tive uma péssima instrução primária na Escola Primária de Paranhos. A turma só de rapazes, os ditados, as cópias e o respectivo desenho eram o prato do dia, enquanto o professor namorava a empregada da directora da Escola. Dois anos chegaram para nunca mais recuperar os meus dons pela literatura, sempre tive aversão à leitura. Cresci sem gosto para ler, só se fossem uns «Tio Patinhas». A partir dos 8 anos de idade passei a usar óculos.
O problema foi detectado num rastreio que se efectuava nas escolas e foi também uma dor de cabeça para os meus pais, pois não havia haste ou lente que resistisse.
Nesse ano comecei a jogar basquetebol, ou, mais propriamente, minibásquete, no Académico do Porto, na Rua de Costa Cabral, onde conheci o Baptista e o Paulo Américo, ainda hoje grande amigos, mas com os quais durante alguns anos perdi o contacto após ter abandonado o basquetebol
No dia 25 de Abril de 1974, estava na 4.ª classe e fomos enviados para casa sem saber porquê. Várias tiragens de «O Comércio do Porto» matavam a minha curiosidade, mas estava totalmente a leste do significado dessa revolução. Mas fiquei com medo!
As férias eram feitas na praia de Leça, fizesse nevoeiro ou frio, de Julho a Setembro. A barraca estava alugada à Emília Barbosa. O meu pai ia levar-nos às nove horas da manhã e buscar-nos às cinco da tarde. Nunca hei-de esquecer a ronca do farol, que nas manhãs de nevoeiro se ouvia por toda a praia, nem dos gelados, vendidos naquelas bicicletas com arca frigorífica, nem das línguas-de-sogra, que eram transportadas em cilindros de chapa, nem da vendedora com os biscoitinhos de Valongo. A partir das onze horas o nevoeiro desaparecia e naquele areal extenso jogava-se à bola. A nossa preferência era o jogo da sameira. Havia campeonatos e regras estipuladas. A construção da pista era feita com uma cadeira de madeira das barracas e até havia prémio da montanha - um monte de areia molhada em caracol onde só cabia uma sameira de cada vez. A largura era mínima. Houve um ano que ainda fomos passar quinze dias para a lagoa de Santo André e outro a São Pedro de Muel.


II

Veio o ciclo preparatório no Augusto Gil, as reformas do ensino, as convulsões políticas, os atentados nas sedes da CGTP, PSR e afins, que proliferavam à volta da escola, na Rua de Santa Catarina.
O que relembro sempre era o roubo da fruta na mercearia. Dava um gozo especial, porque o senhor ficava indignado por lhe roubarmos a fruta. Era tipo o rato e o gato. Não era para comer, era só para chatear, que prazer! A tabacaria e os chupas de caramelo, as bolas de futebol de plástico e os cigarros «Kentucky» e «Definitivos», os mata-ratos. Eu não fumava! As idas à gruta num terreno abandonado, as guerras de pedras entre os alunos do ciclo e os da escola normal. E nunca hei-de esquecer os meninos de calções no Inverno, os irmãos Rothes e os meus dois primos, que também eram da minha turma, um já tinha sido expulso do Colégio dos Carvalhos e o outro era tão traquina que a minha tia tinha conta aberta na Carcereira, hoje Hospital da Boavista.
A primeira vez que entrei num estádio de futebol foi no Bessa, o Boavista contra o Sporting. Fui com o meu tio Eduardo num sábado à tarde. A família do meu pai era toda boavisteira e academista através do hóquei em campo, onde foram jogadores o meu pai e os meus tios. Mais tarde cheguei a ver alguns jogos de veteranos no Campo da Constituição e no antigo campo da Belavista.


III

Depois veio o liceu, no António Nobre, agora mais perto de minha casa. Aquilo é que foi! Eram todos os dias ameaças de bombas, escola fechada a cadeado, as lutas associativas estudantis no polivalente em tempo de campanha eleitoral. Uma frase, que eu nunca esqueci, dos anarcas, «deitar o liceu abaixo, para construir um novo, onde o polivalente devia dar lugar a uma piscina», os guarda-chuvas e os ovos com tinta, os primeiros comícios e os bloqueios de entrada a certos estudantes do liceu, as idas à livraria do Avante para partir os vidros das montras, etc. Valia tudo!
Comecei a participar em tudo o que era política, estávamos no chamado «Verão Quente», filiei-me no PPD e comecei por colar cartazes e a participar nas brigadas de limpeza, que era retirar os placares dos outros partidos na antiga rotunda da Circunvalação. Tempos controversos e de bastante convulsão. As organizações de esquerda estavam muito bem estruturadas. Tinham os metalúrgicos, entre outros, nós tínhamos o MIRN e o CDS e meia dúzia de durões, provenientes dos Liceus de D. Manuel e de Garcia de Orta e do Colégio Helen Key, entre eles o conhecido e famigerado Manuel Serrão, o Berto Spínola, irmão do amigo e colega da escola primária, Fernando, entre outros.
O problema eram as aulas, os testes e os exames obrigatórios. A minha turma tinha excelentes alunos, mas eu era mais virado para as festas, portanto sempre fui um estudante médio. Tinha uma «paixão» pela Educação Visual, não conseguia fazer um desenho, era um desastre! Tinha a sorte de ter um tio que era desenhador na Litografia Maia, propriedade de uns familiares da minha avó, e que me ajudava, mas estive para chumbar no 9.º ano por causa do exame de desenho. A sorte foi ter pedido recurso e o enunciado da prova estar mal feito, tendo-me sido dado nota para passar. Esse ano também estive bastante doente com um foco infeccioso que me afectou os dois olhos. O primeiro contacto com o hospital, os exames clínicos, a penicilina e as injecções de «Penadur» passaram a fazer parte da minha vida durante bastantes meses, sem se saber realmente o que se passou.
Concluiu-se que seria reumatismo infeccioso, que até hoje não me abandonou.
Penso que nesse ano, nas férias grandes, tive que acompanhar a minha irmã para a praia de Miramar. Ela tinha acabado o antigo 7.º ano e teve que fazer um ano cívico de prestação de auxílio aos socorristas da praia; mais uma transição na educação da altura.
Com o encerramento dos jornais «O Século» e «República», passou-se a ler os jornais «O Diabo» e «A Barricada» em casa dos meus avós, bem como a revista «A Gaiola Aberta», mais tarde também o semanário «Tempo».
A fábrica do meu avô, de fabrico de formas para bolos e cortantes para a indústria hoteleira, também passou por maus momentos e a paciência do meu avô já não era muita e a idade não ajudava.
Nas férias grandes comecei a vender esteiras para a praia e mais tarde fui trabalhar com o meu pai num armazém de miudezas e confecção de vestidos de noiva, de que era proprietário, na Rua do Almada. Lá ia ganhando um dinheirão com a venda das esteiras, percorrendo os bancos da Avenida dos Aliados. Deu-me para os meus gastos nas férias. Nesse ano fomos até Fuengirola, perto de Torremolinos, no Mediterrâneo, Espanha. Foi o meu primeiro contacto com águas quentes e com o calor tórrido. Nos anos seguintes fomos para Benidorm. Relembro os ingleses com uns penteados da onda futurista, ouviam-se os Duran Duran, Soft Cell, Human League, Spandau Ballet, etc. Até aos dias de hoje os meus pais continuam a ir quinze dias para Benidorm, na companhia da minha irmã, do meu cunhado e do meu sobrinho.


IV

Nova vida e uma nova fase. Passei, por ordem dos meus pais, para a Lúmen, na Rua da Boavista, onde estive até perfazer o 12.º ano. E quem fui lá encontrar? Os meus dois primos rebeldes. Um deles andava sempre de táxi, da Marechal para o café Bom Dia e depois para a Marechal Gomes da Costa. Tinha acabado de mudar para a nova casa, mas ainda não se tinha habituado aos ares da Foz, portanto ia e vinha durante o dia diversas vezes às Antas. Era, e ainda é, completamente doido!
Acho que foi nesse externato que comecei a ter outras vivências diferentes das que estava habituado. Conheci outro tipo de pessoas, a maior parte oriundas da Foz e de outros locais da cidade do Porto.
Estávamos no final do ano de 1980, ano bastante marcante para a minha vida - a morte fatídica do Doutor Francisco Sá Carneiro, que ainda recordo como se fosse hoje. No Coliseu do Porto, eram 21 horas, ia haver o comício de encerramento para as presidenciais da Aliança Democrática, com a presença do general Soares Carneiro, de Francisco Sá Carneiro e de Amaro da Costa. Nas ruas ouviam-se gritos de «assassinos», a mágoa, a revolta, o inconformismo, tinha morrido o meu ídolo de juventude. Senti-me vazio e sem saber o que fazer e a onde ir. Fui para casa chorar!
A Lúmen, onde também andavam o Zé, o Pedro e a Maria, respectivamente filhos e sobrinha de Sá Carneiro, esteve encerrada durante os actos fúnebres, tendo o silêncio permanecido por algumas semanas naquela escola.
Em casa do meu avô, ao lado do busto da República, existia agora uma fotografia de Francisco Sá Carneiro, que aí permaneceu até à sua morte.
Desse dia em diante, a política e a filiação praticamente acabaram!
Conheci vários ilustres da nossa praça, mas o mais castiço foi o Zé Luís, ainda hoje entre os grandes amigos, o Pedro Placas, o Albano e a Mónica, que na altura foi confundida como sendo professora e que acabou anos mais tarde por casar com o Albano, vindo depois os dois a ser os meus padrinhos de casamento. Mas voltando ao Zé, rapaz bem disposto sempre com uma piada nova, hoje mais conhecido por «Zé Moura» ou «Queijo», por ser gordinho. Nunca conseguia chegar às aulas a tempo, tinha sempre histórias para contar! Porque as noites eram longas. Ia com os tios e amigos para as «boîtes» da cidade. Ainda recordo o director, Cordeiro dos Santos, dizer-lhe: «Eu já sei, não tem aulas nem nada para estudar!» Risada geral.
Arrastados por ele, fomos parar ao Marquês de Pombal e começámos a estacionar na esquina dos correios do Marquês e a parar no Café Imperador, onde também se juntavam o Baptista e o Paulinho, antigos conhecidos do básquete, entre outros. Era malta da Escola Aurélia de Sousa, do Oliveira Martins e do Helena Key.
Passados vinte e tal anos ainda recordamos os velhos tempos e as nossas histórias. Juntou-se a nós o Moisés, que vinha lá do meio dos «ciganos», e a orquestra ia ficando completa. Ao fim da tarde, sem exagero, reuniam-se entre 20 e 30 rapazes e algumas, poucas, raparigas. O ambiente por ali era pesado, não naquele local, mas em todo o Marquês, café dos índios, as casas de máquinas, havia muita droga e afins. Mas o mais importante era arranjar miúdas para fazer festas em casa da avó do Zé Luís, no Bonjardim, que praticamente estava sempre na casa de praia na Aguda. Era só apontar números de telefones e, claro, o cicerone era o Zé, que fazia os convites, etc., tratava de tudo, era o máximo! Às vezes nem música havia, mas o que interessava era estar escuro, e dar uns beijitos. Até ao som de um relato de futebol se faziam festas.
Estávamos na altura do «Saturday Night Fever» e do filme «Grease» dos Bee Gees.
Faziam-se muitas festas particulares e os sons eram muito variados, desde o «funky», à «new wave», ao «punk» e ao «rock»; claro que os «slows» nunca podiam faltar, era da praxe.
Aos sábados à noite havia corridas de motas à volta do Marquês, com polícia de choque à mistura. Era a confusão total! Tínhamos a mania das francesinhas e cachorros no Chamiço e outros pratos no Paju, até ao Big-Ben íamos parar, coisas do Zé!
Nessa altura só tinha permissão de saída até a meia-noite. Era complicado fazer algo mais. Uma educação sem grandes benesses e com pouco diálogo, mas lá ia equilibrando as coisas, claro não contando que eram três contra mim, até a minha irmã ajudava à missa. Teria na altura já 18 anos.
Muitas das tardes, às quartas e sextas, foram passadas no café Orfeu e na discoteca Glassy. Foi o meu primeiro contacto com discotecas.
Aos domingos fazíamos um almoço no Lopes, na Areosa, uma adega manhosa, coisas do Moisés Macedo, pela certa, mas era engraçado. Íamos de autocarro, o Moisés vestia a farda castanha (uma imitação dos proxenetas da época), fato de bombazina castanho, com golas até aos ombros, calças à boca-de-sino e sapatinho de tacão afiambrado, uma camisa às flores e, o mais importante, um medalhão e uma cabeleira comprida aos caracóis. Claro, ia sozinho na frente do autocarro e nós cá trás a rir como uns perdidos com a cara das pessoas que entravam no autocarro e que ficavam estupefactas e com receio de sentar-se por perto. Só faltava o «Ford Capri» ou o «BMW 2002».
Namoradas, poucas, nunca fui muito de ter compromissos. A primeira a sério chamava-se Paula Taborda, morava em Álvaro Castelões e depois mudou-se para Damião de Góis. Por culpa dela tornei-me sócio do Futebol Clube do Porto e comecei a ser visita regular dos bares do Shopping Dallas e a acompanhar a irmã, que era comunista ferrenha. Foi com ela, pela primeira e última vez, que entrei na sede do Partido Comunista, na Avenida da Boavista. Quase que me benzi, mas até achei graça no fim da visita e senti uma mistura enorme de sentimentos.
Por essa altura, a visita da Sua Santidade o Papa à cidade do Porto, onde fez a sua aparição na Praça Humberto Delgado, marcou-me pela positiva e deixou-me bastante emocionado, pela beleza, pela cor e pela fé transmitida.

Passaram mais de quarenta anos. Dedico este miniconto a todos os que já não se encontram fisicamente entre nós e que contribuíram para a pessoa que sou hoje!

1 comentário:

pedro alex disse...

Dido... ainda falta contar tanta coisa lol lol lol.
Vai bem vai, nunca me passaria pela cabeça encontrar-te aqui,na blogosfera. Mais uma das tuas;)
Abraço,
pedro placas:D:D:D